Este
documento apresenta a análise técnica de dois
modelos de contabilização de transferências entre filiais, mesmo em cenários de
contabilidade centralizada. A análise considera os impactos na apuração de
resultado, nas demonstrações contábeis e na gestão fiscal.
A seguir são apresentados dois métodos para registrar contabilmente as transferências entre filiais:
Neste
modelo, cada CNPJ (matriz ou filial) é tratado como uma entidade independente,
permitindo a apuração de resultado individual. A saída é registrada como
“Transferências emitidas” (Receita) e a entrada como “Transferências recebidas”
(Despesas), com lançamentos correspondentes de ICMS a recolher e ICMS a recuperar.
Vantagens:
Desvantagens:
Neste
modelo, não há registro de receita ou despesa. A transferência é tratada como
movimentação patrimonial, com baixa no estoque da matriz e registro em
“Mercadoria em trânsito”, e posterior entrada no estoque da filial. O ICMS
também é registrado, mas sem afetar diretamente o resultado.
Vantagens:
Desvantagens:
No
Modelo 1, o CMV é corretamente alocado para cada CNPJ, permitindo cálculo de
lucro bruto preciso.
No
Modelo 2, o CMV permanece no local de compra, podendo distorcer a margem bruta
das filiais.
Fórmula utilizada para
cálculo:
CMV = Estoque Inicial +
Compras – Estoque Final
Se
a gestão exige análise individual de cada CNPJ, recomenda-se o Modelo 1 (Com
Receita e Despesa).
Se
o foco é consolidado e a contabilidade é fortemente centralizada, o Modelo 2
pode ser utilizado, desde que haja controles complementares para ajustar o CMV
e margens individualmente quando necessário.